Digitalização no campo: tecnologia revoluciona trabalho na agricultura

digitalização no campo

A transformação digital está cada vez mais presente no trabalho no campo. Recentemente, com o isolamento social e as medidas sanitárias impostas pelo coronavírus, a transformação digital ganhou novo impulso e se tornou ainda mais necessária.

Segundo o relatório Radar AgTech Brasil, elaborado pela Embrapa em parceria com o fundo SPVentures e a consultoria Homo Ludens, o número de agtechs no país cresceu mais de 100% no último ano. Já são 1.125 dessas empresas mapeadas, concentradas principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país.

Entenda como funciona a digitalização no campo

Os produtores brasileiros se mostram muito receptivos a novas tecnologias. Estudo realizado pela McKinsey Consultoria aponta que o grau de digitalização da agricultura brasileira é maior do que a norte-americana. A pesquisa envolveu mais de 750 agricultores de sete culturas diferentes em 11 estados brasileiros, nos meses de janeiro e fevereiro. Segundo foi apurado, no Brasil, 36% dos agricultores fazem uso de ferramentas online, contra 24% nos EUA.

O uso da tecnologia digital na agricultura possibilita a automatização de processos e a análise de dados em larga escala na produção. Graças às pesquisas desenvolvidas por instituições como a Embrapa e também pelas agtechs, o País já dispõe diversas soluções tecnológicas capazes de aumentar a digitalização no campo.

Um exemplo disso são os aplicativos para avaliar a maturidade de frutos e sensores com inteligência artificial capazes de diagnosticar e controlar pragas nas lavouras. Desenvolvidas pela Embrapa, essas ferramentas são gratuitas e podem ser utilizadas facilmente em qualquer dispositivo móvel. Portanto, são acessíveis mesmo a pequenos produtores.

Outro exemplo de digitalização no campo é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), desenvolvido pela Embrapa. Esse recurso possibilita indicar as datas ou períodos de plantio e semeadura por cultura e por município, considerando as características do clima, tipo de solo e ciclo de cultivares. Desse modo, ele permite evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis das culturas, minimizando as perdas agrícolas.

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Tome decisões mais acertadas com o Big Data

O uso de algoritmos de Big Data permite que se obtenha o máximo de produtividade em cada hectare cultivado e contribui para reduzir a pressão exercida sobre o meio ambiente.

A geração de dados cada vez maior facilita a tomada de decisões e torna o processo menos intuitivo e mais assertivo. Portanto, com base nessas informações, é possível antecipar a ocorrência de doenças e pragas, determinar o volume de defensivo adequado a ser aplicado, administrar melhor os recursos hídricos, entre muitas outras aplicações.

Esses dados facilitam a tomada de decisões e tornam todo o processo produtivo mais assertivo e menos intuitivo. Com esses recursos, os produtores podem colher e analisar uma quantidade imensa de dados para definir a melhor estratégia de ação.

Conheça as mudanças trazidas pelas agtechs

Um dos aspectos mais interessantes da revolução digital é ter democratizado o acesso à tecnologia pelos pequenos produtores, graças à ação das agtechs. Esses é o nome dado a empresas inovadoras, baseadas principalmente em tecnologia, que desenvolvem soluções voltadas a apresentar ideias disruptivas para o agronegócio.

Essas startups do agronegócio usam a tecnologia para levar diferentes soluções ao campo, como aplicativos para gestão, produtividade, monitoramento de lavoura, manejo inteligente e previsão de safras.

Saiba o que é agricultura 4.0

Outro termo associado à digitalização no campo é a chamada agricultura 4.0, caracterizada pelo uso intensivo de tecnologias, análise de dados e automatização de processos. Ela traz para a agricultura os recursos da tecnologia de ponta, como softwares de gestão, sistemas autônomos, Inteligência Artificial, Big Dada, drones e sensoriamento.

Essas tecnologias reduzem a quantidade de mão de obra em campo e tornam as operações mais precisas. Além disso, permitem que produtores monitorem diversos processos em suas propriedades em tempo real, desde o desenvolvimento de culturas até o desempenho de máquinas.

As informações coletadas por sensores são enviadas em tempo real para computadores e armazenadas em grandes quantidades. Com o uso de softwares de gestão e inteligência artificial, o produtor rural pode interpretar os dados com mais agilidade e tomar decisões mais fundamentadas.

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Otimize a comercialização com o market place

Atualmente, as transações online se tornaram mais habituais no dia a dia dos produtores, tornando a agricultura mais commoditizada e conectada diretamente com os consumidores.

O Market Place é uma plataforma digital capaz de integrar produtos, processos, serviços e tecnologias inerentes às cadeias do agronegócio. Desse modo, os produtores podem usar as suas lojas online para vender diretamente para o seu consumidor final.

Esse tipo de serviço se mostra ainda mais providencial durante  a quarentena, período em que tem aumentado a procura por serviços de entrega de alimentos.

Como vimos, a digitalização no campo trouxe vez mais eficiência, produtividade e redução de custos aos produtores, além de facilitar a comercialização direta com os consumidores.

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