Os principais pedágios, preços e informações

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Uma das reclamações mais comuns dos motoristas hoje em dia é o preço do pedágio. A terceirização da manutenção das rodovias e a cobrança de pedágios deveriam assegurar aos motoristas condições adequadas nas estradas. Porém, além de apresentar preços elevados, os pedágios nem sempre garantem estradas boas.

Por isso, o planejamento da melhor rota ajuda a evitar custos desnecessários com tarifas e também condições de estrada ruins.

Mas você sabe quais são os pedágios mais caros do Brasil? Os valores cobrados são revertidos em boas condições das estradas? Leia, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre os pedágios e tenha uma viagem mais econômica, segura e tranquila.

Veja como as rodovias necessitam de infraestrutura

Boas rodovias são fundamentais para otimizar o custo da operação de transporte. Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), as estradas ruins geram um gasto extra de R$ 2,34 bilhões anuais só de diesel, sem contar as despesas de manutenção e o tempo perdido.

A 21ª Pesquisa CNT de Rodovias, realizada pela  CNT, em 2017, apresenta um panorama geral das condições das rodovias brasileiras e ajuda a identificar as rotas mais rápidas, seguras e econômicas.

Em 2017, 61,8% da extensão das rodovias pesquisadas tiveram o estado geral considerado regular, ruim ou péssimo. As condições das estradas pioraram em relação a 2016, quando 58,2% foram classificadas nessas condições. A principal razão desse retrocesso foi a redução dos investimentos em infraestrutura rodoviária, segundo a CNT.

Entenda o papel das concessionárias

Esses índices só não são mais negativos por causa das condições melhores das estradas administradas pelas concessionárias. Entre as rodovias geridas pelo setor público, 70,4% da extensão foram avaliadas como regular, ruim ou péssimo. No caso das rodovias concedidas às concessionárias, esse índice se inverte: 74,4% atingiram a classificação ótimo ou bom.

Ainda segundo a instituição, seriam necessários R$ 293,8 bilhões de investimentos para recuperar a malha rodoviária deficiente do Brasil. Porém, os investimentos do governo não chegam a um décimo desse valor.

Analise se a despesa com pedágio compensa

Como vimos, a maior parte das estradas sem pedágio apresenta problemas como buracos, lama e condições perigosas, o que pode levar os veículos a terem problemas mecânicos ou a se envolverem em acidentes. Por isso, os gastos com pedágio às vezes valem a penas, pois evitam problemas mais graves e despesas maiores.

Em vez de investir em infraestrutura, o poder público tem privatizado boa parte das estradas do país. De acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 10,2% da malha rodoviária federal e estadual pavimentada no Brasil estão concedidos a empresas.

Conheça as rodovias mais bem cotadas no ranking

As rodovias consideradas ótimas pela pesquisa da CNT são todas administradas por concessionárias e cobram pedágios.

1ª São Paulo (SP) – Limeira (SP) – Rodovias SP 310/BR-364, SP-348 –

2ª Campinas (SP) – Jacareí (SP) – Rodovias SP-065, SP-340

3ª Bauru (SP) – Itirapina (SP) – Rodovias  SP-225/BR-369

4ª São Paulo (SP) – Uberaba MG BR-050 (SP) – Rodovias SP-330/BR-050

5ª Barretos (SP) – Bueno de Andrade (SP) – Rodovias SP-326/BR-364

6ª São Carlos (SP) – S. João Boa Vista (SP)- S. José Rio Pardo (SP) – Rodovias SP-215/BR-267, SP-350, SP-350/ BR-369

7ª Ribeirão Preto (SP) – Borborema (SP) – Rodovias SP-330/BR-050, SP-333

8ª Sorocaba (SP) – Cascata (SP) – Mococa (SP) – Rodovias SP-075, SP-340, SP-342, SP-344

9ª São Paulo (SP) – Itaí (SP) – Espírito Santo do Turvo (SP) – Rodovias SP-255, SP-280/BR-374

10ª Piracicaba (SP) – Moji-Mirim (SP) – Rodovias SP-147, SP-147/BR-373

Perceba que nem toda estrada com pedágio apresenta boas condições

Porém, nem toda estrada com pedágio é necessariamente boa. E embora alguns pedágios apresentem preços muito altos, nem sempre o preço se reflete na qualidade das estradas. Repare que  entre os pedágios mais altos relacionados na lista abaixo, apenas a BR-369 está citada na pesquisa da CNT das 10 melhores estradas do país.

Veja a lista com os pedágios mais caros do Brasil

Rodovia Anchieta (SP 150) – Riacho Grande S. Concessionária: Ecovias. Caminhão 5 eixos: R$ 131,00. Auto 2 eixos: R$ 26,20.

Rodovia dos Imigrantes (SP 160) – Piratininga S. Concessionária: Econorte. Caminhão 5 eixos: R$ 131,00. Auto 2 eixos: R$ 26,20.

Rodovia dos Cereais (BR 369) – Praça Jataizinho. Concessionária: Econorte. Caminhão 5 eixos: R$ 89,50. Auto 2 eixos: R$ 22,00.

Rodovia dos Cereais (BR 369) – Jacarezinho. Concessionária: Econorte. Caminhão 5 eixos: R$ 89,50. Auto 2 eixos: R$ 20,30.

Rodovia Grande Estrada (BR 227) – São José dos Pinhais. Concessionária: Ecovia. Caminhão 5 eixos: R$ 75,50. Auto 2 eixos: R$ 18,70. (valores de abril/2018)

Conheça a Lei do Caminhoneiro

Para melhorar o transporte, o Brasil precisa de investimento em infraestrutura e  rodovias com maior nível de qualidade. Desde fevereiro de 2016, está em vigor a Lei do Caminhoneiro (nº 13.103 de 2015), que exige das concessionárias maior investimento em obras de conservação e recuperação do asfalto. Além disso, a lei determina que os veículos de cargas que circularem vazios não precisam pagar taxas de pedágio sobre os eixos que mantiverem suspensos.

Saiba como calcular o valor do pedágio

O gasto com pedágios exerce papel determinante na planilha de custos de transporte. Mas existem sites e aplicativos, como o QualP, capazes de calcular automaticamente o valor cobrado nos pedágios de acordo com a origem e o destino e facilitar a vida do motorista.  O serviço também é útil para conferir as faturas depois e evitar cobranças indevidas.

O cálculo para definir o valor cobrado nos pedágios utiliza um conceito conhecido como tarifa quilométrica básica. Isso significa que a concessionária deve cobrar de modo proporcional aos quilômetros pelos quais ela realiza a manutenção. Esse valor também varia em função da categoria das rodovias e dos tipos de veículos.

Entenda como é definido o preço do pedágio

O cálculo divide as rodovias em três categorias: sistema rodoviário (rodovias paralelas, ambas com pista dupla, canteiro ou barreira central), estradas de pista dupla (com canteiro central, barreira física ou visual) e estradas de pista simples (uma faixa por sentido).

Por isso, a presença de vários pedágios em uma mesma rodovia não implica, necessariamente, aumento do valor a ser pago, mas sim no fracionamento do valor total.

Utilize o pagamento automático de pedágio

O processo de frear o caminhão, parar, pagar o pedágio, esperar o troco e acelerar novamente aumenta o consumo do combustível, o gasto de freios e do motor, além de implicar em perda de tempo. Ao adotar o pagamento automático, você poupa combustível, tempo e preserva os componentes do motor.

A cobrança automática de pedágios vem facilitando muito a vida dos motoristas. Trata-se de um sistema eletrônico que tem a capacidade de ler o cartão junto ao vidro do veículo. Assim que ele se aproxima, a cancela é liberada para a passagem e o mecanismo registra o horário, a praça, data e o valor do pedágio. A tarifa pode ser pré-paga ou cobrada junto com a fatura do cartão de crédito.

Todo o processo dura poucos segundos. Além de agilizar a passagem dos veículos, evitando a perda de tempo em filas, os cartões automáticos facilitam a gestão financeira do transporte. Vale também pesquisar quais empresas oferecem este tipo de serviço com descontos para quem contratar o cartão para mais de um veículo.

Como vimos, o valor pago em pedágios pode representar uma parcela significativa das despesas de transporte, mas rodar em estradas sob o cuidado das concessionárias acaba sendo mais econômico, em função das condições ruins da maior parte das estradas geridas pelo setor público.